Cancioneiro guasca
Ao general D. Manoel de Rosas

Eras bagual matreiro e quebralhão
Que coices e manotaços meneavas:
Forte touro que o laço rebentavas,
Furioso, atrevido e chimarrão.

Eras tigre sanhudo, eras leão
Que tudo quanto vias devoravas;
Eras sorro manhoso que zombavas
Do mais farejador, ligeiro cão.

Hoje és lerdo matungo, vil sendeiro,
Novilho, boi de carro, estropiado,
Em vez de leão, manso cordeiro.

Jogaste mal e foste cedilhado.
Mas enfim tu desceste do poleiro;
Já um cigarro não vales, mal fechado.

F. Marques de Oliveira - Capitão
1852

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