Cancioneiro guasca
Quadras

Co'a saudade ninguém pode,
Ninguém tem opinião;
Só a saudade abranda
O mais duro coração.

Quando cuidei que te tinha
Firme por juramento,
Achei-te tão viradinha
Como a folha, pelo vento...

Minha gente, venha ver
A desordem na cozinha;
O tição brigou co'a trempe,
Entornou-se a panelinha.

Quando eu era frango novo,
Comia milho na mão:
Agora sou galo velho
- Bato com o bico no chão.

Lá detrás daquele cerro
Tem um pé de maravilha;
'Stou falando co'a velha
Meu sentido está na filha.

Quadras: « 88 - 89 - 90 »

Cancioneiro guasca       Volta ao início da página